
Papa Bento XVI, foi a experiência da Jornada Mundial da Juventude, em Madri,
na Espanha, que ele definiu "magnífica". Um remédio que o Papa dividiu
em cinco "doses". "Em primeiro lugar, nesses eventos, há uma nova
experiência da catolicidade, da universalidade da Igreja. Falamos
línguas diferentes e possuímos costumes de vida diversos e formas
culturais diversas; e, no entanto nos sentimos imediatamente unidos como
uma grande família".
Ao apresentar essa experiência da
catolicidade, o Papa nos sinaliza para aquilo que podemos chamar de
experiência moderna de Pentecostes, pois apesar de idiomas diferentes
estamos unidos pela força do Espírito Santo e nos compreendemos de
maneira particular na Eucaristia. Podemos até não compreender o idioma
na qual ela é presidida, mas ela nos une pelo rito, pela fé e claro pela
presença de Cristo, pois como afirma a resposta da saudação inicial
aprovada para Brasil, -bendito seja Deus que nos reuniu no amor de
Cristo. Sim o amor de Cristo nos uniu de diferentes povos, línguas e
culturas, somos cativados pelo mesmo amor de Cristo, que nos impele a
testemunhar diante do mundo a nossa opção por Cristo, pela Igreja em
comunhão com o Santo Padre.
Papa Bento XVI disse: “Em segundo lugar a
Jornada favorece um novo modo de ser homem, de ser cristão, através do
voluntariado. Cerca de 20 mil jovens fizeram o bem simplesmente porque é
bom fazer o bem, é bom servir os outros. "É preciso apenas ousar o
salto", afirmou o Papa”.
O mesmo comportamento Bento XVI também
encontrou na África, por exemplo, nas Irmãs de Madre Teresa que se
prodigalizam pelas crianças abandonadas, doentes, pobres e atribuladas,
sem se importarem consigo mesmas, tornando-se, precisamente assim,
interiormente ricas e livres. Este é o comportamento propriamente
cristão.
O Santo padre ao falar do voluntariado como
um novo modo ser cristão no mundo, ele está nos indicando que o termo
pode ser novo, “voluntário”,
mas o chamado é o mesmo: servir aos irmãos. E na atualidade este servir
se faz presente por meio do trabalho voluntario dos cristãos. Contudo o
voluntariado cristão não é somente filantropismo, é obediência à voz de
Cristo que nos chama a amar ao irmão, entendo que da mesma maneira que
Cristo se fez servo precisamos ser servos, pois não podemos afirmar que
amamos a Deus que não vemos se não amarmos aos irmãos que vemos (Cf. 1Jo
3,18).
Assim compreendemos que como nos indica o
Santo Padre ao comentar o exemplos das irmãs de Beata Tereza de Calcutá,
ser voluntário é antes de tudo não buscar os seus interesses, mas
buscar o bem do próximo acima de tudo.
Este voluntariado tem marcado a Jornada,
pois jovens e não somente jovem, mas adultos e idosos se colocam à
disposição do reino, oferecendo seus dons, talentos e capacidades para
que se possa construir esta obra belíssima, onde não se busca ganhos
pessoais. Pelo contrario, como os peregrinos, os voluntários também
contribuem financeiramente para a Jornada. Assim ser voluntario não é só
trabalhar na Jornada, é testemunhar a força do amor de Cristo que nos
impele a dar com o nosso serviço o testemunho de nossa fé. Pois como diz
o Apostolo São Tiago “Eu te mostrarei a minha fé, pelas minhas obras” (
Tg25,18)
Papa Bento XVI: O terceiro elemento que faz
parte das Jornadas Mundiais da Juventude é a adoração. Em Cristo
ressuscitado, está presente Deus feito homem, que sofreu por nós porque
nos ama. “Entramos nesta certeza do amor corpóreo de Deus por nós, e
fazemo-lo amando com Ele. Isto é adoração. E só assim posso celebrar
convenientemente a Eucaristia e receber devidamente o Corpo do Senhor.”
Ao falar da Adoração, o Santo Padre nos
lembra de que o testemunho de Cristo é antes de tudo fruto de uma
experiência pessoal do Senhor. É na adoração que o encontramos
intimamente e contemplamos a grandeza do seu amor por nós. A adoração
nos faz focar em Cristo, por que vindo de povos distantes nos reunimos
para como Igreja adorar e clamar a graça de Deus. A santa Missa, é o
cume toda Jornada, pois sabemos que a eucaristia é fonte e cume da vida
da Igreja. Assim ao final de um encontro somos alimentados na eucaristia
e enviados em missão, a proclamar tudo o que foi possível vivenciar
naqueles dias e assim profetizar que é possível que pessoas dos mais
diversos povos, línguas e etnias podem estar unidos, por que maior é o
que nos une do que o que nos separa.
Outro elemento importante das Jornadas
Mundiais da Juventude é a presença do sacramento da Penitência. Deste
modo, reconhecemos que necessitamos continuamente de perdão e que perdão
significa responsabilidade.
Como sinaliza o Santo Padre a presença do
sacramento da reconciliação na jornada é algo muito significativo, pois
nos reunimos não de forma superficial, mas buscamos a cada Jornada
reavivar a chama da fé e por isso reconhecemos nossos erros e pedimos ao
Senhor o seu perdão. Assim ao contemplarmos a realização de tantas
confissões durante a Jornada entendemos por que ela é marcada por tanta
alegria, é alegria do encontro com Cristo e uma alegria muito maior pelo
perdão recebido do mesmo Cristo.
Por fim, outra característica das Jornadas é
a alegria, que brota da certeza de ser amado por Deus. Só a fé me dá
esta certeza: É bom que eu exista; é bom existir como pessoa humana,
mesmo em tempos difíceis. A fé nos faz felizes a partir de dentro. “Esta
é uma das maravilhosas experiências das Jornadas Mundiais da
Juventude.”
Alegria é com certeza como destaca o Santo
Padre uma característica das jornadas. Alegria que brota do anúncio da
boa nova, pois como disse o Anjo na noite de natal aos pastores “eis que
vos anuncio uma grande alegria”. O acolhimento do Evangelho gera uma
alegria sim, mas a alegria das jornadas é aquela alegria fruto do
Espirito Santo, uma alegria que gera nos cristão a coragem de anunciar
esta boa nova, pois como diz as Sagradas Escrituras “A alegria do Senhor
é nossa força”. ( Ne 8,10)
Diretor do Setor de Voluntariado JMJ Rio2013
Fonte: Site Oficial JMJ Rio 2013
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