sábado, 30 de março de 2013

O desconhecido sentido do Sábado Santo

A Semana Santa é um tempo forte para celebrarmos os mistérios mais intensos de nossa fé: a salvação que nos veio pela vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Caminhamos no retiro quaresmal meditando sobre estes temas até chegarmos ao núcleo no “Tríduo Pascal”: quinta, sexta, sábado e domingo. Quatro dias! 

Mas tríduo não quer dizer três? É que o dia litúrgico começa na véspera e vai até a outra véspera. Assim, a Missa do Crisma, que acontece nas catedrais presidida pelo bispo com a presença dos padres e de parcela representativa do povo da diocese, na quinta de manhã, marca o final da Quaresma

O Tríduo Pascal vai começar na celebração da noite: a Missa do lava-pés e da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Preste atenção e verá que ela já marca o memorial da “paixão” de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este memorial da entrega de Cristo na cruz ecoará até a Sexta-feira, com a sóbria celebração da paixão. Este é o primeiro dia do tríduo. 

O terceiro começará na véspera de sábado e será o dia da ressurreição, inaugurado pela Vigília Pascal e prolongado pelo domingo da ressurreição. Agora você pergunta: e o segundo dia? Começa na véspera de sexta-feira até a véspera de sábado. É o dia do silêncio, da sepultura, memorial da ausência. Não existe celebração litúrgica prevista para este dia. Normalmente não sabemos bem o que fazer no sábado de manhã. Parece um tempo livre, mesmo para os acostumados a viver a vida liturgicamente. Alguns aproveitam para arrumar a casa; outros para compensarem o jejum feito na Sexta-feira Santa. 

O “sábado do silêncio” é um tempo para deixarmos a semente repousar escondida debaixo da terra, esperando o milagre do germinar. Nossa vida não é feita apenas de palavras, gestos e realizações. Existe o tempo das esperas. Há momentos em que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e só nos resta confiar. Por isso o Sábado Santo é o tempo da entrega, da confiança, de colocar-se como criança no colo de Deus. 

Nossa vida muitas vezes é dominada pelo estresse e pela correria. Corremos até para comer e para rezar. O sábado da serenidade é um tempo para celebrar sem pressa, sem palavras, sem ritos. Se a Sexta-feira Santa é um tempo de jejum, o sábado da paciência é momento para comer devagar e mastigar mais. Se a Quaresma foi um tempo intenso de oração, o sábado da saudade é um tempo de rezar sem palavras. É o momento da intimidade; de fecundar toda solidão com a presença daquele que rompe as trevas com sua luz. 


Podemos no sábado santo nos “esconder” com Jesus no sepulcro. Liturgicamente até Deus tem um tempo para se calar. Com isso nos ensina a não falar o tempo todo. É bom experimentar que mesmo calado e aparentemente ausente, Deus em seu mistério sempre está conosco. Ele nunca nos abandona. Como disse o nosso querido papa emérito Bento XVI em maio de 2010, ao visitar o Santo Sudário, em Turim: “No Sábado Santo aconteceu o impensável:  ou seja, que o Amor penetrou ‘na mansão dos mortos’:  também no escuro extremo da solidão humana mais absoluta nós podemos escutar uma voz que nos chama e encontrar alguém que nos pega pela mão e nos conduz para fora. O ser humano vive porque é amado e pode amar; e se até no espaço da morte penetrou o amor, então também lá chegou a vida. Na hora da extrema solidão nunca estaremos sozinhos”.

Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor


sexta-feira, 29 de março de 2013

Paixão de Cristo – Sexta feira santa

Na sexta feira santa celebramos a paixão, morte e ressurreição de Jesus. A paixão de Cristo é a narrativa do calvário de Jesus desde o momento em que ele é preso no Monte das Oliveiras, após a realização da última ceia com os apóstolos, até a sua morte na cruz. Na mesma noite em que é preso sob ordem de Caifás, o sumo sacerdote e maior autoridade do povo judeu, Ele é julgado de forma sumária pelo Sinédrio, conselho dos anciões e suprema corte judaica. Acusado de blasfemo por se apresentar como o Rei de Israel, Jesus é condenado à morte. Como a região da Judéia estava sob domínio do Império Romano, caberia a Pôncio Pilatos, autoridade máxima romana na região, aplicar a punição. Pilatos ofereceu a possibilidade de suspensão da condenação de Jesus, mas a multidão que estava no local incitada pelos sacerdotes preferiu que a liberdade fosse dada a Barrabás, um ladrão e assassino também condenado à morte.
A partir da sentença proferida de forma definitiva por Pilatos, Jesus teria passado pelos flagelos que os romanos impunham aos condenados. Entre eles, ser açoitado pelo flagellum taxillatum (espécie de chicote com três ramais que terminavam em bolas de metal com relevos e unidas por arame) e carregar até o local da crucificação a trave horizontal da cruz. A paixão de Cristo é principalmente essa passagem das últimas horas da vida de Jesus, da última ceia até a sua morte na cruz, quando seu sofrimento teria sido uma prova de sua doação total e incondicional para redimir os pecados da humanidade, segundo os preceitos da Igreja Católica.
 
“Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado. Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão. Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve, rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça. Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar. Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. Chegaram ao lugar chamado Gólgota, isto é, lugar do crânio. Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas se recusou a beber. Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando a sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram a sorte (Sl 21,19). Sentaram-se e montaram guarda. Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus” (São Mateus 27,26-37).

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 28 de março de 2013

Catequese do Papa Francisco na primeira Audiência Geral do pontificado

Apresentamos a tradução da primeira catequese do Papa Francisco realizada nesta quarta-feira, 27 de março, na Praça de São Pedro.
 
Irmãos e irmãs, bom dia!
 
Tenho o prazer de acolher-vos nesta minha primeira Audiência Geral. Com grande reconhecimento e veneração acolho o “testemunho” das mãos do meu amado predecessor Bento XVI. Depois da Páscoa retomaremos as catequeses do Ano da Fé. Hoje gostaria de concentrar-me um pouco sobre a Semana Santa. Com o Domingo de Ramos iniciamos esta Semana – centro de todo o Ano Litúrgico – na qual acompanhamos Jesusem sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Mas o que pode querer dizer viver a Semana Santa para nós? O que significa seguir Jesus em seu caminho no Calvário para a Cruz e a ressurreição? Em sua missão terrena, Jesus percorreu os caminhos da Terra Santa; chamou 12 pessoas simples para que permanecessem com Ele, compartilhando o seu caminho e para que continuassem a sua missão; escolheu-as entre o povo cheio de fé nas promessas de Deus. Falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, ao jovem rico e à pobre viúva, aos poderosos e aos indefesos; levou a misericórdia e o perdão de Deus; curou, consolou, compreendeu; doou esperança; levou a todos a presença de Deus que se interessa por cada homem e cada mulher, como faz um bom pai e uma boa mãe para cada um de seus filhos. Deus não esperou que fôssemos a Ele, mas foi Ele que se moveu para nós, sem cálculos, sem medidas. Deus é assim: Ele dá sempre o primeiro passo, Ele se move para nós. Jesus viveu a realidade cotidiana do povo mais comum: comoveu-se diante da multidão que parecia um rebanho sem pastor; chorou diante do sofrimento de Marta e Maria pela morte do irmão Lázaro; chamou um cobrador de impostos como seu discípulo; sofreu também a traição de um amigo. Nele Deus nos doou a certeza de que está conosco, em meio a nós. “As raposas – disse Ele, Jesus – as raposas têm suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8, 20). Jesus não tem casa porque a sua casa é o povo, somos nós, a sua missão é abrir a todos as portas de Deus, ser a presença do amor de Deus.
Na Semana Santa nós vivemos o ápice deste momento, deste plano de amor que percorre toda a história da relação entre Deus e a humanidade. Jesus entra em Jerusalém para cumprir o último passo, no qual reassume toda a sua existência: doa-se totalmente, não tem nada para si, nem mesmo a vida. Na Última Ceia, com os seus amigos, compartilha o pão e distribui o cálice “por nós”. O Filho de Deus se oferece a nós, entrega em nossas mãos o seu Corpo e o seu Sangue para estar sempre conosco, para morar em meio a nós. E no Monte das Oliveiras, como no processo diante de Pilatos, não oferece resistência, doa-se; é o Servo sofredor profetizado por Isaías que se despojou até a morte (cfr Is 53,12).
Jesus não vive este amor que conduz ao sacrifício de modo passivo ou como um destino fatal; certamente não esconde a sua profunda inquietação humana diante da morte violenta, mas se confia com plena confiança ao Pai. Jesus entregou-se voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com a sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós. Na cruz Jesus “me amou e entregou a si mesmo” (Gal 2,20). Cada um de nós pode dizer: amou-me e entregou a si mesmo por mim. Cada um pode dizer este “por mim”.
O que significa tudo isto para nós? Significa que este é também o meu, o teu, o nosso caminho. Viver a Semana Santa seguindo Jesus não somente com a emoção do coração; viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos – como disse domingo passado – para ir ao encontro dos outros, para ir para as periferias da existência, mover-nos primeiro para os nossos irmãos e as nossas irmãs, sobretudo aqueles mais distantes, aqueles que são esquecidos, aqueles que tema mais necessidade de compreensão, de consolação, de ajuda. Há tanta necessidade de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor!
Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da Cruz, que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. É entrar na lógica do Evangelho. Seguir, acompanhar Cristo, permanecer com Ele exige um “sair”, sair. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotineiro de viver a fé, da tentação de fechar-se nos próprios padrões que terminam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para vir em meio a nós, colocou a sua tenda entre nós para trazer-nos a sua misericórdia que salva e doa esperança. Também nós, se desejamos segui-Lo e permanecer com Ele, não devemos nos contentar em permanecer no recinto das 99 ovelhas, devemos “sair”, procurar com Ele a ovelha perdida, aquela mais distante. Lembrem-se bem: sair de nós mesmo, como Jesus, como Deus saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si mesmo por todos nós.
Alguém poderia dizer-me: “Mas, padre, não tenho tempo”, “tenho tantas coisas a fazer”, “é difícil”, “o que posso fazer com as minhas poucas forças, também com o meu pecado, com tantas coisas?”. Sempre nos contentamos com alguma oração, com uma Missa dominical distraída e não constante, com qualquer gesto de caridade, mas não temos esta coragem de “sair” para levar Cristo. Somos um pouco como São Pedro. Assim que Jesus fala de paixão, morte e ressurreição, de doação de si, de amor para todos, o Apóstolo o leva para o lado e o repreende. Aquilo que diz Jesus perturba os seus planos, parece inaceitável, coloca em dificuldade as seguranças que se havia construído, a sua ideia de Messias. E Jesus olha para os discípulos e dirige a Pedro talvez uma das palavras mais duras dos Evangelhos: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens” (Mc 8, 33). Deus pensa sempre com misericórdia: não se esqueçam disso. Deus pensa sempre com misericórdia: é o Pai misericordioso! Deus pensa como o pai que espera o retorno do filho e vai ao seu encontro, vê-lo vir quando ainda é distante…O que isto significa? Que todos os dias ia ver se o filho retornava a casa: este é o nosso Pai misericordioso. É o sinal que o esperava de coração no terraço de sua casa. Deus pensa como o samaritano que não passa próximo à vítima olhando por outro lado, mas socorrendo-a sem pedir nada em troca; sem perguntar se era judeu, se era pagão, se era samaritano, se era rico, se era pobre: não pergunta nada. Não pergunta essas coisas, não pergunta nada. Vai em seu auxílio: assim é Deus. Deus pensa como o pastor que doa a sua vida para defender e salvar as ovelhas.
A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias – que pena tantas paróquias fechadas! – dos movimentos, das associações, e “sair” de encontro aos outros, fazer-nos próximos para levar a luz e a alegria da nossa fé. Sair sempre! E isto com amor e com a ternura de Deus, no respeito e na paciência, sabendo que nós colocamos as nossas mãos, os nossos pés, o nosso coração, mas em seguida é Deus que os orienta e torna fecunda cada ação nossa.
Desejo a todos viver bem estes dias seguindo o Senhor com coragem, levando em nós mesmos um raio do seu amor a quantos encontrarmos.
(Após a catequese)
Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos de jovens vindos de Portugal e do Brasil: sede bem-vindos! Desejo-vos uma Semana Santa abençoada, seguindo o Senhor com coragem e levando a quantos encontrardes o testemunho luminoso do seu amor. A todos dou a Bênção Apostólica!
 
 
 Tradução: Canção Nova

JUFRA do Brasil saúda os 40 anos da Pastoral da Juventude no Brasil


“(...) as roupas que você usava não se gastaram, nem seu pé inchou durante esses quarenta anos. Portanto, reconheça em seu coração que Javé seu Deus educava você como o homem educa o próprio filho.” (Deuteronômio 8, 4-5)

Uberlândia-MG, 06 de março de 2013.
Dia de Santa Rosa de Viterbo, padroeira da JUFRA do Brasil
Dia Nacional do/a Jufrista

Amados irmãos/as da Pastoral da Juventude (PJ)
Paz e Bem!

É com muita alegria e em comunhão fraterna que escrevemos em nome da Juventude Franciscana do Brasil para parabenizá-los pela celebração dos 40 anos de caminhada. Em 2011, nós da JUFRA também tivemos a oportunidade de celebrar essa mesma data, 40 anos de caminhada no Brasil, e sabemos da riqueza de um momento como esse para a história de vida e missão de nossa juventude. Não resta dúvida que nossa união e parceria surgem ainda “no seio” de nossas origens, afinal nosso nascimento é tão próximo, provavelmente fomos registrados no mesmo “cartório”. Historicamente, os nossos ideais e lutas estão intimamente ligados, pois bebemos da mesma fonte, acreditamos em um mesmo modelo de juventude, de Igreja e de sociedade.

Aproveitem esse momento não apenas para celebrar ou festejar, mas para olhar a história e ver o que já foi construído, avaliar a caminhada atual, e principalmente traçar metas e desafios para os próximos anos de história, parafraseando a carta da JUFRA construída no nosso encontro de 40 anos: o que queremos ser? Em um momento atual em que vemos nossas juventudes tão fragilizadas por um modelo que não compreende ou não atende os nossos anseios, que não contempla o nosso rosto juvenil, nossa forma de pensar e viver, não podemos correr de risco de passar por uma celebração tão forte como essa sem parar e voltar às fontes, para ali encontrar as respostas certas para tantas inquietações que perpassam por todos nós.

Hoje, JUFRA e PJ, vivem um momento único de parceria, que se vem firmando desde a nossa participação conjunta na Cúpula dos Povos, perpassando por discussões, ideias e sonhos conjuntos. Para nós, tem sido muito enriquecedor este convívio, pois vocês têm nos ensinado muito pela experiência em lutas que hoje também são nossas. Ficamos muito felizes em ter a presença do Thiesco, nosso grande irmão, no nosso 2º Encontro Nacional de Formadores/as e 1º Encontro de Animadores/as Fraternos, em Brasília-DF, setembro de 2012, e no 15º Congresso Nacional da JUFRA, ocorrido em Santa Maria-RS, como forma de consolidar nossas parcerias. E por tudo isso, é claro que não poderíamos deixar de estar presentes nessa celebração de 40 anos da PJ. Estamos todos/as aí, muito bem representados pela irmã Gleice Francisca, que compõe nosso Secretariado Fraterno Nacional.

Fazemos votos que vocês tenham um encontro maravilhoso, que realmente marque a história da PJ, estamos em total sintonia e oração. Esperamos reencontrá-los na Jornada Mundial da Juventude, onde mais uma vez estaremos em parceria para construir um momento que de FATO apresente as juventudes brasileiras e nossos ideais.

E que venham os próximos 40 anos....
Pedimos que Deus, por Francisco e Clara, iluminem e abençoem a caminhada da PJ,

Fraterno abraço,
Mayara Ingrid Sousa Lima
Secretária Fraterna Nacional da JUFRA do Brasil

Emanuelson Matias de Lima (Elson)
Subsecretário Nacional de Ação Evangelizadora da JUFRA do Brasil

quarta-feira, 27 de março de 2013

DOCAT: subsídio apresentará a Doutrina Social da Igreja Católica numa linguagem jovem

docatDepois do sucesso do YOUCAT, está em fase final de tradução o “YOUCAT – Curso para o Crisma”. Mas já está em preparação também o DOCAT. O nome é uma combinação do verbo inglês “fazer” e “Catecismo” (fazer alguma coisa). O novo instrumento descreverá, em 12 capítulos e numa linguagem jovem, a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz.
O DOCAT terá o mesmo o design gráfico e formato do Catecismo Jovem. Segundo Bonacker Marco, colaborador do projeto, teólogo e Doutor em Ciências Sociais, “essa nova ferramenta também será baseada em perguntas e respostas, para que o jovem compreenda e se aproxime do que a Igreja ensina em sua Doutrina Social”. Para isso, recentemente um grupo de jovens foram novamente convidados para durante um fim de semana fazerem um teste sobre o que está sendo elaborado. A obra também conta com colaboração e orientação do Cardeal Arcebispo de Munique, Reinhard Marx e do especialista em assuntos sociais e político, Norbert Blüm.
Seguindo a proposta da Nova Evangelização, o DOCAT pretende recordar aos jovens que sua principal tarefa enquanto cristãos em todo o mundo é também encher de Fé, Esperança e Caridade, os espaços, que pouco foram sendo instrumentalizados, esvaziados de sentido e dignidade. Documentos como a Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII, “Pacem in Terris” do Papa João XXIII, e outros dos papas João Paulo II e Bento XVI inspiram o novo subsídio.
A obra que será lançada pelo YOUCAT CENTER de Augsburg entre julho e outubro desse ano, é originalmente alemã. E o processo de concessão para os direitos de tradução e publicação é naturalmente lento. Sendo aprovado durante o curso do segundo semestre pelos órgãos competentes, (tanto a editora que detém os direitos autorais para a língua portuguesa, quanto a Conferência Episcopal Local), provavelmente o DOCAT chegará ao Brasil em 2014.
 
Fonte: CNBB

Programçao Encontro de Peregrinos

Vocês já viram a programação para o Encontro de Peregrinos?


Inicio: Sábado às 15h00

15h00 – Acolhida.
15h30 – Louvor.
15h45 – Reflexão – Tema: Carta do Papa para os jovens.
16h30 - Adoração.
17h30 – Lanche.
18h30 – Noite Cultural ( Shalon- Peça ( A Refeição ) e Pj Samba / C. Vine Creato- Dança).
21h30 – Final.

Domingo.

8h – Oração.
8h30 – Informações sobre a JMJ Com a Obra de Maria, Dúvidas e Recolher Contratos da JMJ.
10h – Intervalos.
10h30 – Missa – (Dom Mariano).
12h – Almoço.
13h – Retorno ( Momento dos grupos que irão para a JMJ).
14h30 – Encerramento.

domingo, 24 de março de 2013

Eventos marcam contagem regressiva de 100 dias rumo à JMJ Rio2013



A partir do dia 12 de abril, começa a contagem regressiva para Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Faltarão 100 dias para a Jornada e para comemorar esse marco, do dia 12 a 16 de abril, diversos eventos acontecerão para celebrar ainda mais a chegada da JMJ. 
No primeiro dia, na sexta-feira,12, haverá a Vigília dos Jovens Adoradores, às 22h, na Catedral, com a missa presidida por padre Reginaldo Manzotti. Depois todos seguirão em procissão pela Lapa em direção à Igreja de Sant’Ana, animados pela Banda Bom Pastor. A Vigília contará com a presença da banda Frutos de Medjugorje e pregação e oração de Cassiano Meirelles, da Canção Nova.
Dando sequência às comemorações, no dia 13 de abril, sábado, será a Feijoada JMJ, na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Tijuca. O evento foi sucesso nos vicariatos onde ocorreu e por isso será repetido, dessa vez para um público maior. A feijoada será das 12h às 16h e começará a ser servida às 13h. Padre Omar será o anfitrião e convidará cantores católicos e seculares.
No dia 14, domingo, está previsto um dia dedicado aos esportes. Para finalizar as comemorações, na terça-feira, 16 de abril, Dom Orani João Tempesta presidirá a missa de encerramento das comemorações dos 100 dias para JMJ. A missa será na comunidade Mandela, às 11h, com a presença de todos os voluntários do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013.

Papa Francisco exorta fiéis a permanecerem na alegria e marca encontro com os jovens no Rio de Janeiro

Cidade do Vaticano (RV) - Uma multidão de fiéis e peregrinos participou esta manhã, na Praça São Pedro, no Vaticano, da celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor – que dá início à Semana Santa. A missa, presidida pelo Santo Padre, foi precedida pelo rito da Procissão de Ramos, que recorda a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém.

Na homilia, o Papa Francisco recordou que "Jesus entra em Jerusalém", e logo em seguida explicou que "entra como rei, mas segundo a ótica de Deus e não dos homens: "o seu trono real é o madeiro da Cruz", frisou o Santo Padre, acrescentando: "este é Jesus".

"A multidão aclama-O como Rei. E Ele não se opõe, não a manda calar. Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo…

"Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objeto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz!"

O Papa explicou: "Diante de Pilatos, Jesus diz: Eu sou Rei; mas a sua força é a força de Deus, que enfrenta o mal do mundo, o pecado que desfigura o rosto do homem. Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus."

Como é de seu estilo, o Papa Francisco fez florescer da liturgia três palavras-chave. A primeira diz respeito ao clima pleno "de luz, de alegria, de festa" que circunda Jesus quando chega à Cidade Santa, a alegria:

"Jamais sejam homens e mulheres tristes: um cristão jamais pode sê-lo! Jamais se deixem desencorajar! A nossa alegria não nasce do possuir muitas coisas, mas do ter encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do saber que com ele jamais estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis (...) E são tantos. E neste momento vem o inimigo, vem o diabo, disfarçado de anjo muitas vezes e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não lhe deem ouvidos! Sigamos Jesus!"

Em seguida, o Santo Padre fez mais uma exortação, como o fez outras vezes durante a homilia. Deixando o texto por um momento, escrutando a multidão acrescentou:

"E por favor, não deixem roubar a esperança de vocês! Não deixem roubar a esperança! Aquela esperança que Jesus nos dá."

A este ponto, o Papa inseriu uma segunda palavra, "Cruz", após ter mostrado o paradoxo de Jesus, um rei cujo trono, disse, é uma Cruz de madeira.

"Foi com a cruz que venceu o mal." A esse propósito, acrescentou:

"Penso naquilo que Bento XVI dizia aos cardeais, "Os senhores são príncipes, mas de um Rei crucificado. Este é o trono de Jesus".

Olhemos ao nosso redor: tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade.

"Queridos amigos, todos nós podemos vencer o mal que existe em nós e no mundo: com Cristo, com o Bem! Sentimo-nos fracos, inaptos, incapazes? Mas Deus não procura meios poderosos: foi com a cruz que venceu o mal! Não devemos crer naquilo que o Maligno nos diz: não podes fazer nada contra a violência, a corrupção, a injustiça, contra os teus pecados! Não devemos jamais habituar-nos ao mal! Com Cristo, podemos transformar-nos a nós mesmos e ao mundo. Devemos levar a vitória da Cruz de Cristo a todos e por toda a parte; levar este amor grande de Deus. Isto requer de todos nós que não tenhamos medo de sair de nós mesmos, de ir ao encontro dos outros."

E daquele trono desce o sangue que lava, com a misericórdia, os males do mundo:

"Guerras, violências, conflitos econômicos que atingem quem é mais fraco, avidez de dinheiro, de poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição."

A terceira palavra é "jovem". Vi muitos jovens durante a procissão, afirmou o Papa Francisco, recordando que o Domingo de Ramos há 28 anos é sinônimo de Jornada da Juventude. A JMJ é uma festa por excelência e vocês, caros jovens, "têm uma parte importante na festa da fé".

"Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre… mesmo aos setenta, oitenta anos! Com Cristo, o coração nunca envelhece."

O pensamento do Pontífice dirigiu-se à JMJ do Rio de Janeiro, etapa que será vivida – anunciou – nas pegadas de João Paulo II e de Bento XVI:

"Encontremo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Vivamos a alegria de caminhar com Jesus, de estar com Ele, levando a sua Cruz, com amor, com um espírito sempre jovem! Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida." (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 23 de março de 2013

Histórico encontro entre Papa Francisco e Bento XVI: "Somos irmãos"

Castel Gandolfo (RV) - O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.

Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, acolhido pelo Papa emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.

Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb. 

Apenas o Papa tocou terra, Bento XVI se aproximou dele e houve um abraço belíssimo entre os dois, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração. 

Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.

Padre Lombardi destacou ainda que o Papa emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa; ao invés Papa Francisco usou uma batina branca com faixa e capa.
Presentes ainda no almoço os dois secretários, portanto, Dom Georg e Mons. Xuereb.

Padre Lombardi referiu também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. O Santo Padre explicou a Bento XVI que “esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, destacou Papa Francisco.

Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.

Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.

Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.

Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano. 

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 21 de março de 2013

Em encontro com presidente do Brasil, Papa fala da participação na JMJ e do desejo de ir à Aparecida


Em audiência particular com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o Papa Francisco confirmou novamente sua participação na JMJ Rio2013. O encontro, que durou cerca de meia hora, foi realizado na manhã desta quarta-feira, 20 de março. Na ocasião, o Sumo Pontífice contou a presidente que espera um grande número de jovens no encontro de julho no Rio de Janeiro. Como resposta, Dilma reforçou a acolhida que os peregrinos terão na cidade. “A Jornada vai atrair para o Brasil milhares de jovens católicos, que serão muito bem recebidos, como a gente sempre faz”, disse.
Papa Francisco também presenteou Dilma com o documento síntese da Conferência Episcopal Latino-Americana de Aparecida em 2007. “Ele me disse assim: você não lê tudo, porque você pode se aborrecer, então, você pegue o índice e pegue os assuntos que te interessarem e vai lendo aos poucos”, contou a presidente.
O Papa também se mostrou solidários as vitimas da tragédia de Santa Maria, Rio Grande do Sul, quando mais de 200 jovens foram vítimas de um incêndio em uma boate. “Ele também me deu um conselho e me disse: eu fiquei muito comovido com a questão que ocorreu em Santa Maria e acho que a gente tem na vida que demonstrar força e ternura e, em Santa Maria, o Brasil demonstrou força e ternura”, concluiu a presidente brasileira. A tragédia gaúcha aconteceu em janeiro deste ano.
Após a audiência, a presidente Dilma Rousseff afirmou também aos jornalistas o desejo do Sumo Pontífice em visitar o Santuário de Aparecida após sua presença na Jornada. Porém, o porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi, indicou a um jornal brasileiro que ainda não há anúncio oficial da passagem do Papa pela cidade da padroeira do Brasil.
“Não tenho nenhum detalhe a confirmar”, disse. “A presidente está livre para dizer o que quiser. Mas de nossa parte não há nada ainda a ser anunciado”, afirmou. Lombardi reconheceu que a viagem ao Brasil deve de fato ocorrer. “Mas os planos ainda não estão feitos”, disse.
O cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, manifestou sua alegria pela notícia da possível vinda do Papa também na Casa da Mãe Aparecida, em entrevista ao programa da Rádio Vaticano, em Roma. O Papa Francisco já visitou o Santuário Nacional em 2007, na ocasião da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano.

Fonte: Site Oficial JMJ

Encontro de Peregrinos


Maiores informações em breve.

domingo, 17 de março de 2013

"Jesus não despreza nem condena; só perdoa, sempre". O Papa comove a multidão em seu primeiro Angelus


Cidade do Vaticano (RV) – Uma multidão de pessoas, mais de 150 mil, lotaram a Praça São Pedro e todas as ruas vizinhas, para assistir e rezar junto com o Papa a sua primeira oração do Angelus. Às 12h deste domingo (8h de Brasília), Francisco apareceu na janela de seu apartamento para rezar e abençoar os fiéis, turistas e romanos.

Desde as primeiras horas do dia, o movimento já era grande. Toda a área foi interditada ao tráfico e ao estacionamento. Francisco fez um discurso informal, falando de improviso e apenas em italiano.

Ele saudou com as mãos e com um grande sorriso, recebendo em troca aplausos e muito entusiasmo. A popularidade de Francisco tem aumentado a cada dia desde que se tornou, quarta-feira passada, o primeiro Papa latino-americano da história. Chegou ao balcão com o seu modo simples, os braços ao longo do corpo e a mão direita ao alto, saudando o povo. “Bom dia!” – foram as suas primeiras palavras.

Lembrando o episódio da mulher adúltera que Jesus salva da condenação, Francisco ressaltou o valor e a importância da misericórdia e do perdão nos dias de hoje: “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão. Temos de aprender a ser misericordiosos com todos”, afirmou.

Antes disso, Francisco disse que estava contente de estar com os fiéis domingo, “dia do Senhor, dia de se cumprimentar, de se encontrar e conversar, como aqui, agora, nesta Praça, uma praça que graças à mídia, é do tamanho do mundo!”. 

A propósito da leitura evangélica, Francisco encorajou os fiéis citou a atitude de Jesus, que não desprezou nem condenou a adúltera, mas disse apenas palavras de amor e misericórdia, que convidavam à conversão. 

“Vocês já pensaram na paciência que Deus tem com cada um de nós? É a sua misericórdia: Ele nos compreende, nos recebe, não se cansa de nos perdoar se soubermos voltar a Ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia do Senhor!”. 

Dando andamento ao discurso, o Papa citou um livro lido nestes dias sobre a misericórdia, de autoria do Cardeal Walter Kasper, “um ótimo teólogo”. “O livro faz entender que a palavra ‘misericórdia’ muda tudo; torna o mundo menos frio e mais justo” – disse, ressalvando que com isso “não quer fazer publicidade ao livro do cardeal”. Depois, completou lembrando o Profeta Isaias, que afirma que “se nossos pecados fossem vermelho escarlate, o amor de Deus os tornaria brancos, como a neve”. 

Sem ler um texto preparado, Francisco contou à multidão um fato de quando era bispo, em 1992, e uma senhora de mais de 80 anos, muito simples (uma ‘vovó’, ele disse, ndr) quis se confessar com ele. Diante de sua surpresa, a idosa lhe disse “Nós todos temos pecados! Se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria...!”. De seu balcão, Francisco brincou com os fiéis arriscando que a senhora “havia estudado na Universidade Gregoriana de Roma”.

Telões foram montados em toda a área para transmitir as imagens do Papa, enquanto helicópteros sobrevoavam o centro de Roma, e o Papa continuava seu discurso:

“É, o problema é que nós nos cansamos de pedir perdão a Deus. Invoquemos a intercessão de Nossa Senhora, que teve em seus braços a misericórdia de Deus em pessoa, no menino Jesus”. 

O bispo de Roma, que é argentino, lembrou ainda que as origens da sua família são italianas, sublinhando, no entanto, que “nós fazemos parte de uma família maior, a família da Igreja, que caminha unida no Evangelho”.

Despedindo-se dos fiéis, Francisco disse palavras ainda mais simples: “Bom domingo e bom almoço!”. 


Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 15 de março de 2013

Bispos aguardam com expectativa Papa Francisco no Brasil


Bispos referenciais para a juventude de todo Brasil se reuniram nesta quarta e terça-feira, dias 12 e 13 de março, em Brasília, num encontro conduzido pelo presidente da Comissão para Juventude da CNBB e Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro.
Na ocasião, eles debateram questões como evangelização dos jovens no país, Jornada Mundial da Juventude, Campanha da Fraternidade 2013, novo documento de estudo da CNBB – “Pastoral Juvenil no Brasil: Identidade e Horizontes” – e tudo isso com um tom de grande expectativa: a vinda do novo Papa ao Brasil, por ocasião da JMJ, em julho deste ano.
Eles estavam na sala de reuniões, na tarde de ontem, quando se deu a notícia da fumaça branca saindo da Capela Sistina, no Vaticano. A partir desse momento, a atitude não poderia ser outra: pararam tudo para assistirem pela TV o anúncio do nome do novo Sucessor de Pedro.
De acordo com o Arcebispo de Passo Fundo, Dom Antônio Carlos Altieri, a vinda do Papa Francisco representará um marco profundo na história da Igreja no país e será uma concretização da Nova Evangelização, conforme encaminhado pelo Papa Emérito Bento XVI na Igreja Católica. “O novo Papa nos ajudará a atuar de forma renovada depois dessa Jornada. Seremos um foco de irradiação de muita graça para o mundo todo”, felicitou.
Legado da JMJ
Um dos assuntos de destaque entre os bispos foi o pós JMJ. A Jornada será um grande evento com a presença do Santo Padre e de jovens do mundo inteiro. Mas como extrair deste precioso momento legados para os jovens do país?
De acordo com o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Nelson Francelino Ferreira, a Jornada Mundial deve suscitar debates nas diversas instâncias da sociedade a fim de que se olhe não somente para os jovens da Igreja, mas na juventude como um todo e nas questões que a envolve como educação, emprego, drogas, ausência de verdadeiros valores etc.
“Creio que a Campanha da Fraternidade de 2013, o Ano da Fé, a visita dos símbolos da JMJ, a Semana Missionária e a própria Jornada vão deixar essa grande discussão sobre o cenário da juventude. Quero crer que, com isso, cada segmento social vai trazer repercussões práticas e, assim, presentear a juventude ampliando os seus horizontes”, afirmou.
Por fim, Dom Nelson ressaltou que os católicos não podem prender esses debates “dentro dos muros da Igreja”, mas, ao contrário, que a sociedade seja provocada a assumir sua responsabilidade diante da juventude.

Fonte: Jovens Conectados

quinta-feira, 14 de março de 2013

Biografia do novo Papa.



Jorge Mario Bergoglio, 77 anos, nasceu no bairro de Flores na grande Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936. Depois de estudar para técnico em química escolheu o sacerdócio e entrou na Companhia de Jesus. 
Estudou filosofia e teologia na Faculdade do Colégio Máximo de São José. Foi mestre de noviços e professor universitário de teologia, provincial dos jesuítas em seu país e presidente da Conferência Episcopal de 2005-2011. No dia 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote. Concluiu pós-graduação na Universidade de Alcalá de Henares e em 1986 completou sua tese de doutorado na Alemanha. João Paulo II o nomeou Cardeal em 2001.
Segundo informações, no conclave de 2005 foi protagonista junto a Ratzinger. Tem uma forte experiência pastoral, é conhecido por dizer a verdade com clareza. Sua página no Facebook tem mais de 37.000 Likes, mesmo não sendo ele quem administra. Geralmente utiliza os meios públicos de transporte.
Ele não dá entrevistas, os jornalistas tiram suas declarações das homilias. Enfrentou fortemente as autoridades locais em questões como o aborto, matrimonio homossexual e a liberalização das drogas.
O cardeal primaz da Argentina sempre teve uma posição próxima às classes menos favorecidas. Recentemente, criticou os sacerdotes que se recusam a batizar bebês nascidos fora do casamento, de acordo com informações da imprensa local.
Aos religiosos pediu "para testemunhar e demonstrar interesse pelo irmão” porque a cultura do encontro "nos faz irmãos, nos faz filhos, e não membros de uma ONG ou prosélitos a favor de uma multinacional”.
Em várias ocasiões criticou fortemente a corrupção e o tráfico de seres humanos: "Cuida-se melhor de um cão do que desses escravos nossos”. "A escravidão é a ordem do dia, tem crianças nas ruas há anos, não sei se mais ou menos, mas são muitos”.
Lembrou que "algumas meninas param de brincar com bonecas para entrar na prostituição porque foram roubadas, vendidas ou são vítimas do tráfico". Ele criticou o “limitar ou eliminar o valor supremo da vida, ignorando os direitos do nascituro”.  E afirmou: o aborto nunca é uma solução. Foi contra a liberalização da droga e pediu para que os jovens não acreditassem nos "mercadores da morte".
Advertiu que seu país "não se sedimentou com delírios de grandeza desafiantes”, e convidou a ir "além das diferenças". Criticou a falta de "humildade" dos governantes e a "inconstância" como sendo falta de valor "que carece de alguma proposta."
Sobre Aparecida indicou que "a inspiração do Espírito é a grande luz que teve alí. As sombras são mil e uma pequenas coisas que impediam e tivemos de superar”. "Tudo foi um complexo de luz e sombra, e a luz ganhou".
Sempre foi relutante em receber cargos de algum peso na Cúria Romana, mas foi nomeado consultor da Pontifícia Comissão para a América Latina, membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; do Clero; dos Institutos de Vida Consagrada, Conselho pós-sinodal, e presidente do Pontifício Conselho para a Família.
A força da Igreja, disse o purpurado no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, está na comunhão, e a sua debilidade está na divisão e na contraposição.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Papa Francisco I

Cidade do Vaticano (RV)  Às 20hs12min do dia 13 de março de 2013, o protodiácono Jean-Louis Tauran proclamou a famosa fórmula do Habemus Papam, no balcão Central da Basílica de São Pedro:
"Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!”
Eminentissimum ac reverendissimum dominum, dominum, Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Franciscum.

O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos é o 265° sucessor de Pedro, assumindo o nome de Francisco. Foi eleito no 5° escrutínio no segundo dia do Conclave.

Às 20h23min o recém-eleito assomou ao balcão central proclamando as seguintes palavras: "Irmãos e Irmãs, boa noite! Vocês sabem que o dever do Conclave era de dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo. Mas, estamos aqui! Vos agradeço pela acolhida, à comunidade diocesana, ao seu bispo. Obrigado!(...aplausos...) Antes de tudo, gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito Bento XVI (...aplausos...). Rezemos todos juntos por ele, para que Deus o abençoe e Nossa senhora o proteja. (segue a oração do Pai Nosso, da Ave Maria e do Glória ao Pai). E agora comecemos este caminho bispo e povo, bispo e povo. Este é o caminho da Igreja de Roma que é aquela que precede na caridade todas as outras Igrejas. Um caminho de Fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, um pelo outro, rezemos por todo o mundo, para que exista uma grande fraernidade. Desejo que este caminho de Igreja, que hoje começamos e que me ajudará o meu Cardeal Vigário aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta tão bela cidade. (...aplausos...).
E agora gostaria de dar uma bênção, mas antes vos peço 1 favor. Antes de o bispo abençoar o povo vos peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. (...aplausos...). Façamos em silêncio esta oração de vocês por mim"!

Após, o Papa Francisco concedeu a todos presentes na Praça São Pedro e a quantos o acompanhavam através dos meios de comunicação a Bênção Urbi et Orbi.

Fonte: Rádio Vaticano

Habemus Papam

O Cardeal Jorge Mario Bergoglio da Argentina que agora passa a ser chamado de Santo Padre Francisco I.
Juntos, vamos atender o seu primeiro pedido. Rezemos pelo nosso Papa!

Habemus Papam - Temos um Papa!


Reunião do Zonal Mossoró I


Estimados representantes, saudações fraternas.

Estamos cada vez mais nos aproximando do Grande Encontro com toda a nossa juventude. Está cada vez mais perto a Jornada Mundial da Juventude.

Como bem sabemos, nosso encontro com todos os peregrinos, será realizado nos dias 06 e 07 de Abril. Precisamos que nos unamos em prol de tal evento. Em nossa próxima reunião, dia 14/03 (Quinta-feira), pedimos que todos estejam presentes e que possam dizer quantos peregrinos sua paróquia pode receber. 

Contamos com todos.


Fraternalmente,

Muhammed Araújo

segunda-feira, 11 de março de 2013

Peregrinar: pés no chão, corações ao alto


“Eu tenho os meus pés no chão/ Mas sei que o meu coração está muito além do céu /E do que se possa ver./Busco o que no alto está, busco o que não passará jamais. /Minha vida está escondida em Jesus./Sou estrangeiro aqui, o Céu é o meu lugar. /É de onde vim, é pra onde vou, é lá onde eu vou morar...” (Estrangeiro Aqui - Comunidade Shalom).  A peregrinação faz com que todo peregrino seja um estrangeiro por onde passe. Ainda que ela seja uma provação física ela é, por essência, uma prova espiritual. Ao contemplar o fim da JORNADA o peregrino encontra o que o moveu, encontra o fim que dá sentido ao mover-se, ele encontra o Sobrenatural.
Quando contemplamos o exemplo do peregrino da Idade Média, observamos um ritual tão belo que precisa fazer parte da nossa preparação. O peregrino medieval, ao sair, passava por um ritual de despedida. O homem que saia em peregrinação deveria “morrer” no caminho e o que voltava para o lar era um homem completamente novo. Sendo assim, Peregrino morre um pouco para o mundo quando toma a estrada, porque seus objetivos tomam um contorno que o leva para a outra pátria. Ainda que a motivação possa ser pessoal, individual e única ela se dá em comunidade onde os laços de fraternidade são estreitados. Quando peregrinamos somos, de certa forma, expatriados porque deixamos a segurança de nossa pátria para embarcarmos numa nova aventura de fé. Só assim compreenderemos a dimensão da expressão que é a identidade do cristão: “Sou estrangeiro aqui”.
A peregrinação prescindia dois pressupostos bem simples: o caminho e o destino. Não era o destino a causa da conversão do peregrino, mas o caminho que se percorria. Passavam-se meses em caminhada e quando assim chegavam ao destino - fosse em Jerusalém, em Roma ou em Santiago de Compostela - permaneciam lá por uns dias e retornavam.
Cada dia, cada hora, cada passo aproxima o peregrino do seu destino, pois a cada dia esse desejo é renovado. A peregrinação cristã faz-se importante não pelo lugar para o qual se peregrina, mas o que realmente importa é para quem se peregrina. Nessa Jornada Mundial da Juventude Rio2013, não estaremos numa simples peregrinação para o Brasil ou para o Rio de Janeiro, mas estaremos em busca do Cristo que vive e Reina. Estamos em busca de uma experiência de fé que possibilite, através do ato de peregrinar, uma realidade transcendente. Um encontro real e transformador com toda a Igreja, na pessoa do Santo Padre!

Marcos Levi - Oficina de Valores (Site Oficial JMJ)