A fé há de ser
apresentada aos jovens como um encontro amoroso com Deus, que toma feições
humanas na pessoa de Jesus Cristo: “No início do ser cristão, não há uma
decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma
pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Desse
modo, estarão em jogo duas realidades: o encontro pessoal com Jesus Cristo e a
aceitação de um projeto de vida baseado no seu Evangelho. Essa adesão
necessariamente incorpora a realidade em que o jovem vive como consequência de
verdadeira encarnação cristã.
Diante do desafio de evangelizar a juventude
contemporânea, a Igreja não está começando do zero. Há um caminho histórico
percorrido por ela que revela uma herança muito rica. Há uma corrente através
da qual uma geração de jovens e agentes evangelizadores adultos passa a
experiência acumulada para outra. A Igreja Católica é uma das organizações que
têm mais experiência acumulada e sistematizada no trabalho com a juventude. É
importante resgatar essa experiência, estando atentos aos sinais dos tempos. Em
cada época, à medida que mudavam os desafios, os enfoques, os valores e o
ambiente cultural da sociedade, a mentalidade dos jovens também mudava. Os
jovens são mais sensíveis às mudanças e propensos a aceitar o novo. Tudo o que
acontece na sociedade tem seus reflexos na ação evangelizadora da juventude. Os
jovens que são atingidos pela ação evangelizadora estão inseridos
simultaneamente na sociedade e na Igreja.
A experiência de vida em grupo é essencial para á condição humana. É esta vida grupal que nos torna seres sociais, pois nos possibilita ao mesmo tempo experimentar os sentimentos de igualdade e diferença. A ação desenvolvida está pautada na forma como este grupo se identifica e concebe as questões sociais que o atravessam. Ao ter contato com um grupo, uma pessoa, obviamente, encontra outras pessoas com rostos diferentes, personalidades diferentes, ideias diferentes das suas. Ou seja, internamente, há uma série de diferenças entre os integrantes, que para quem participa, torna-se evidente. Para muitos jovens, a vivência grupal torna-se uma mediação com o mundo, reforçando ou dividindo valores veiculados pelos meios de comunicação, pelo pensamento religioso ou pelas expressões culturais estabelecidas.
Contudo, concluímos que é possível ser um
jovem cristão no contexto contemporâneo, que reflete o grande desafio de ser um
cristão atuante em um mundo que anda na contramão dos verdadeiros valores do
cristianismo. À luz da história de um jovem, buscamos respostas para esses
desafios.
Fotos: Sérvulo Sávio.
Texto: Fabrícia Alves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário